Promotor
Câmara Municipal de Setúbal
Sinopse
Pequenos motores homemade, rádios modificados, diferentes tipos de molas amplificadas, feedbacks gerados por uma mesa de mistura, objetos ressonantes e outros pequenos dispositivos são usados ao vivo, sempre em diferentes configurações. Desenvolvendo a interação entre todos estes elementos há mais de 20 anos, a abordagem de Costa Monteiro à eletrónica ao vivo é analógica, intuitiva e direta.
Intimamente ligada ao seu percurso nas artes visuais, o processo de “construir” cada fonte sonora, combinando todos estes dispositivos durante a interpretação, remete diretamente para o conceito de instalação, onde a obra de arte não existe se não se encontrar instalada. Neste contexto, cada som é o resultado de uma ação, um gesto onde os objetos são colocados em ressonância numa combinatória infinita.
Cada concerto é concebido de acordo com o espaço, como referencial prioritário; ao receber o som, tem a possibilidade de transformá-lo, não apenas em termos acústicos, mas também psicológicos. Nestas performances, o som é pensado mais como uma inferência do que como uma referência.
Alfredo Costa Monteiro é um artista sonoro, compositor e poeta sonoro nascido em 1964, no Porto. É um artista bastante ativo nos campos da música experimental e improvisada. Estudou escultura/multimédia na Escola de Belas Artes de Paris com Christian Boltanski. Em 1992, mudou-se para Barcelona. Desde então, a sua obra tem-se situado entre a arte sonora, a arte visual e a poesia sonora. As suas instalações e peças sonoras, todas de caráter low-fi, têm em comum processos instáveis e constrições conceptuais, muitas vezes de uma simplicidade desconcertante, onde a manipulação de objetos como instrumentos ou de instrumentos como objetos tem uma forte componente fenomenológica.
ENCANTO é a versão elétrica e depurada de SUCURI — um ritual sonoro reduzido à essência da percussão. É êxtase cru: entre o transe e o ruído - habita o instante.
Preços